domingo, 20 de março de 2011

Realidade Sanidade Obsessiva


Eu precisei sentir a pele grudar na alma para admitir, que esta também sangrava.
Desejava constantemente não me lembrar; mas aquele maldito dia, nunca me esqueceu. Aquela lembrança sempre me acompanhou, por mais que eu tentasse fingir que esta tudo bem, fingindo uma sanidade que feliz e normal, que jamais tive.
Minha alma agonizante estendeu-se na escuridão; já não há mais saídas, e ter consciência do nada ainda seria muito pra mim. Nada fazia sentido, avistei uma janela ao longe, mas quando me aproximei, vi e pensei; de que me serve essa janela se ela se encontra fechada? Eu tentava entrar no mar, mais ele se afastava subitamente, e deixava escritas amargas na areia; “Jovem tão jovem amargurada que chora incessantemente, lamente eternamente sua essência perdida sua sanidade perturbada, seu sorriso puro e inocente que lhe fora roubado, viva com o fracasso e agonia de uma vida interrompida injustamente, precocemente.
Valentina Dark


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