quinta-feira, 28 de julho de 2011

Essência libertadora

Em uma fria e triste manhã de outono, vi meu corpo estirado no chão, pálido, gélido sem vida. Os pulsos estavam cortados e o sangue ainda escorria; marcas de agonia de desespero. A essência da morte paira no ar.
Sinto agora uma força inabalável me envolver, dissipando aquele vazio sem fim que levei dentro de mim por anos. Meus olhos se fecham e começa uma viagem psicodélica para a libertação. Enfim abro meus olhos, e vejo um anjo pequeno inocente que me abraça com doçura; nesse momento as lagrimas já não escorre mais, ele me guia para o mundo perfeito! Agora o temido mundo da morte faz-se meu eterno paraíso!
Valentina Dark*

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ciclo de lagrimas!

Por apenas uma lagrima perdida nas desventuras da memória.
Lagrimas que escorre formando um espelho d água. Desamparada e perdida em perpetua nostalgia. Correm por esse abismo, caindo sobre dor e mágoas. Lacrimas de sal, que escorrem petrificando meu olhar, atingindo as profundezas da minha alma vazia. Percorrendo as arestas circulares do meu rosto já sem expressão. Onde o tilintar cintilante se ouve na bruma da obscuridade ambígua e calma.
Onde o horizonte é percorrido por um olhar vazio e sem esperança. Resplandecente água onde o murmúrio tardio se deita, dormindo no silêncio das vozes ocas de ambulantes. Vivendo em um crepúsculo sem fim, se aleita na solidão, repetindo voltas fugazes. Então na profundidade destemida a dádiva serena percorre, os nós soltos dos amargos gemidos noturnos.
Espero os olhos sangrarem novamente, novos pesadelos e a agonia de uma nova lagrima.